Tem sido cada vez mais difícil me sentir confortável na internet e tenho pensado bastante sobre isso. Além de estar passando por um período de “crise” em que não encontro ânimo para criar conteúdos nas redes sociais, também tenho tido cada vez menos vontade de consumir conteúdos. Uma das minhas conclusões, conversando com amigas e comigo mesma (hehe), é de que as redes sociais e as plataformas de conteúdo estão se tornando espaços ainda mais hostis. Tanto para quem produz quando para quem consome. Não há saúde mental que resista a essa pressão absurda de estar sempre presente, pensando em novas formas de produzir e provar para as plataformas e para si mesmo que você (ainda) é relevante. É difícil. É cansativo. E olha que faz anos que me comprometi comigo a não postar só por postar por conta do algoritmo.

Quando alguém fica sabendo que tenho um canal no youtube (ou um “instagram conhecido”) e me pergunta sobre o que é meu conteúdo, sempre travo um pouco antes de responder e, na maioria das vezes, vou para a resposta “mais fácil” (e menos esquisita): “falo sobre livros na internet”. Sim, falo sobre livros, mas a verdade é que não me considero uma criadora de conteúdo literário e, olhando para trás, acho que nunca me considerei. 

Comecei a compartilhar um pouco de mim e da minha vida na internet quando os blogs surgiram no começo dos anos 2000. Naquela época, os blogs eram literalmente “diários virtuais”. E como uma pessoa que sempre amou escrever diários e preencher as páginas com lembranças bem aleatórias (como por exemplo se tinha chovido, o que tinha comido, se assisti algum filme etc.), fiquei muito animada com a ideia de ter um diário online e acompanhar os diários de outras pessoas. Lembro que escrevia posts falando sobre como tinha ido nas provas, que tinha me divertido preparando bolo de aipim com minhas amigas, letras de músicas que estava amando ouvir e até mesmo posts contando que não tinha nada pra compartilhar, mas que tava com vontade de escrever. Quando ganhei minha primeira câmera digital, comecei  registrar mais coisas do meu dia-a-dia e compartilhar no blog e no fotolog. Alguns anos depois foi no flickr que consegui compartilhar ainda mais a minha forma de ver o mundo. Sem dúvida foi na fotografia que me encontrei. Mas, mesmo gostando muito do flickr, sentia que faltava algo. Em 2010 descobri o que era e criei o blog “a series of serendipity” que literalmente mudou o rumo da minha vida, pois foi com ele que descobri que poderia trabalhar produzindo conteúdo na internet. Mas que tipo de conteúdo eu produzo? Não sei muito bem como definir ou classificar. Na “época de ouro dos blogs”, costumava falar que era “estilo de vida”, mas nunca achei que essa categoria representava bem o que fazia/faço.

Quem me acompanha provavelmente sabe ou percebeu que amo chás. Quase sempre eles aparecem nas minhas fotos e vídeos, mas definitivamente não sou sommelier de chá. Livros também aparecem bastante nos meus conteúdos. Amo ler e falar sobre livros (leituras, edições, autores etc.), mas não sou especialista nem crítica literária. Amo dias nublados, chuva, outono, halloween, natal, velas, suéter/cardigã…amo olhar com carinho e me sentir inspirada por coisas, pessoas e momentos do meu dia-a-dia. Amo registrar, principalmente por meio da fotografia, esses momentos que pouco tempo depois se transformam em lembranças. Amo criar lembranças e falar sobre o que me inspira ou me empolga. Amo romantizar a vida. E, por mais que faça isso no instagram e no youtube, cada vez menos me sinto confortável em estar nessas redes, seja como produtora ou como consumidora de conteúdo. É tudo tão acelerado e poluído que tenho a sensação de que o que consigo produzir perde um pouco do sentido estando lá.

Parece que mais uma vez, a resposta para esse desconforto que sinto é o blog.

Fotografar continua fazendo parte do meu dia-a-dia, mas a impressão que tenho é de que não faz sentido postar no feed ou sei lá. É estranho. Nem estou conseguindo me expressar direito, mas sei que não sou a única pessoa que se sente assim. O que me deixou mais pensativa (e triste), foi quando percebi que nem no blog estava sentindo vontade de postar. O desânimo e a insegurança que as redes sociais me trouxeram estavam afetando até a minha vontade de estar presente aqui. O blog sempre foi meu formato favorito e um dos motivos é que, além de me sentir em casa, sinto que consigo ser mais bem sucedida com o meu objetivo de desacelerar e de criar um espaço acolhedor e calmo. Aqui é o único lugar que posso garantir para o leitor que ele não vai esbarrar em anúncios aleatórios e invasivos (nunca coloquei adsense no blog) e que não vai ficar “preso” em um feed infinito com o sentimento de que perdeu uma parte significativa do seu dia olhando pra uma tela.

Hoje em dia, nosso contato com as redes sociais é praticamente automático. Estamos com o celular em mãos e com um toque já abrimos o twitter ou o insta. Se não tomamos cuidado, o que era pra ser uma olhadinha de minutos, se transforma em horas. E por mais que existam pessoas que produzam conteúdos leves e que nos convidam para parar e desacelerar um pouquinho, o espaço em que esses conteúdos estão, nos passam uma mensagem diferente. Parece que tem algo que nos força a arrastar a tela pra cima depois de darmos o like ou de passarmos o olho. E ao fazer isso, lá se vão minutos e depois horas presos nesse movimento automático sem realmente enxergar o que estamos vendo (essa frase ficou meio esquisita). O tempo que ficamos apreciando um único conteúdo (seja foto ou vídeo) está cada vez menor. E não é nem porque estamos ficando mais tempo offline (pelo contrário). Um comentário que volta e meia recebo e que se tornou um elogio muito significativo é quando alguém fala que assiste meus vídeos do youtube na velocidade normal. É tão estranho (e assustador) saber que a “velocidade real” do tempo se tornou a exceção, né? As consequências dessa possibilidade de acelerar a velocidade dos conteúdos já afetaram muito o “mundo virtual” e com certeza tem trazido consequências para o “mundo real”. Ainda bem que não podemos acelerar nossos relógios e realmente fazer o tempo passar mais rápido.

Quando abri o painel para selecionar as fotos e escrever esse post, minha ideia era simplesmente compartilhar algumas fotos minhas, do Spockinho e de um lanche que fiz em um dia nublado e frio. Simples assim. Mas esses pensamentos não me deixavam escrever nada antes de colocá-los para fora. Não que sejam falas revolucionárias ou inovadoras, mas jogar elas pro mundo trouxe um certo alivio pra minha cabeça (mesmo não sentindo que consegui me expressar como queria hehe). Não vou deletar o instagram ou abandonar o youtube. Apesar de não gostar do ambiente/plataforma, gosto do que posto por lá. Mas sinto que, se quero continuar me sentindo feliz compartilhando uma parte de mim e da minha vida na internet, preciso dar mais atenção e me dedicar mais a esse cantinho que é onde realmente me sinto em casa.

(deixando o desabafo ali em cima) Fiquei muito feliz com essas fotos do combo chá + mini croissant + clima outonal. Tem sido um abraço poder viver tantos dias friozinhos por aqui nesse mês (estou em Curitiba). Dias nublados, frios e chuvosos, além de me inspirarem, parecem recarregar minha energia.

Eu amei muito essas fotos que mainha fez minhas com o Spockinho!

Também amei os registros que fiz do Spockinho todo lindo e charmoso esperando mainha e eu sairmos do jardim. Não aguento essa fofura que fica ainda mais intensificada quando está de suéter hehe

Talvez esse post desabafo + registros de um dia nublado tenha ficado meio estranho, mas estou feliz de ter feito ele. Espero que quem passar por aqui tenha se sentido inspirado e acolhido de alguma forma.

Melina Souza

Melina Souza

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51 comentários em “desabafo, dia nublado e croissant”

  1. Me identifiquei 100% com o seu texto, Mel!
    Te acompanho há anos, e fico feliz em saber que você continua sendo você através do seu conteúdo, que não faz o que o algoritmo exige, e sim o que sente vontade.
    Sempre amei blogs, e fico feliz que continue atualizando o seu, pois é o único que acompanhava que continua no ar… Também amo seus vídeos no YouTube e suas fotos (sei quando é uma foto sua pela estética, você tem um olhar único que é fácil de identificar 💖), e o que você quiser fazer, estarei acompanhando. Muito difícil encontrar pessoas reais, com conteúdos contagiantes e como você mesma disse, que nos desaceleram um pouco… Feliz demais por saber que você vai continuar por aqui, e em outras plataformas.
    E realmente entendo o que você está sentindo e o que quis transmitir com esse post, sinta-se acolhida 🫶🏻

    1. Muito obrigada por estar aqui, Bia. E muito obrigada por esse comentário que foi um abraço em forma de palavras.
      Está sendo difícil passar por esse momento de desânimo e insegurança em relação ao meu conteúdo, mas sinto que aqui é o lugar certo para estar (e para desabafar hehe). Sou muito grata por ter pessoas como você me acompanhando ♡

    2. Mel, você falou coisas incríveis. Entendo o que sente, ainda que eu seja apenas consumidora de conteúdo. Tenho pensando muito sobre o modo como consumo conteúdo on-line, é alarmente a quantia de informações que são jogadas em nós, de um modo que não aproveitanos aqueles assuntos que muitas vezes nos interessam.
      No entanto, você e algumas outras criadoras que tem esse estilo mais de publicação mais “slow” fazem com que eu me conecte muito mais com o conteúdo. Costumo reservar um momento apenas para assistir/ler o que você publica hehe acho que isso se torna muito diferente dos outros conteúdos diários excessivos que temos na mídia. Sempre faço um chá e deixo o ambiente aconchegante, pois a periodicidade mais lenta faz com que eu consiga dar uma pausa no meu dia. Não é apenas mais um vídeo/post entre os muitos que vou assitir no dia. Se torna especial.
      Enfim, o que quero dizer é que continue fazendo o que você gosta, na sua própria velocidade, falando sobre o que você ama… pois é isso que torna seu conteúdo tão prazeroso de consumir :)

  2. Os blogs sempre foram meu espaço conforto na internet. Lembro-me de chegar da escola e de correr para a frente do computador só para ver as novidades que haviam sido postadas em meus blogs favoritos (o seu incluso). Passava as tardes assim: lendo o que havia de novo e apreciando tudo como um pedaço de chocolate (ou uma xícara de chá hehe). Era um deleite!
    Espero que você encontre conforto e que tudo volte a fazer sentido no meio de toda essa bagunça, Mel. Gosto muito do seu conteúdo!
    Um beijo!

  3. Há alguns anos atrás, quando os smartphones ainda não ocupavam tanto espaço em nossos dias, lembro de sentar no computador e o primeiro site que digitava para ver era seu blog hehe e assim fui acompanhando sempre seus videos, amava os vlondons, e muito inspirada em você, quis muito conhecer lá e tive essa oportunidade incrível em 2019. Ainda bem que você não tem pretensão em parar com os posts no blog, YouTube e instagram. Saiba que são respiros muito necessários, mesmo que entre anúncios indesejados das plataformas. Espero que essa fase de desânimo passe rapidinho e você volte a ver como é essencial ser o lado “diferente” entre tantos conteúdos vazios/competitivos/acelerados demais. É sempre muito bom ler seus textos e apreciar suas fotos ❤️

  4. Mel te acompanho há mto tempo! Quando comecei a ficar no Instagram com mais frequenciaz percebi que me distanciei de muita coisa que eu amava e seu conteúdo era um deles… Foi aí que lembrei do blog e vim correndo pra cá. Hoje, quando eu rolo meu feed do insta e não acho nada que me agrade, venho pra cá nem que seja pra rever as suas fotos, pois além de lindas, elas me trazem um aconchego delicioso!!! Sei que pra quem produz, deve ser uma cobrança e uma pressão muito grande, mas nós do lado de cá sabemos que é impossível estar bem o tempo todo… Então tá tudo bem vc se sentir assim!!! Estaremos sempre por aqui quando vc quiser! Fique bem ❤️‍🩹

  5. Mel, me identifiquei muito com esse texto. Sempre gostei das redes sociais de troca, conversa – de postar uma foto bonita e falar sobre meus sentimentos, registro mesmo, sabe? E agora as redes são market place. O tempo todo influenciando e fazendo a gente desejar, não trocar. Gosto muito do seu conteúdo – gosto de ver seus vlogs enquanto faço as unhas ou faço meu journal, parece que estamos juntas e isso é legal. Saiba que seu conteúdo, mesmo que fuja à regra dos algoritmos, é muito importante pra quem também tenta fugir da Internet da compra e do consumismo. Um beijo!

  6. Eu entendo muito o que você está sentindo e infelizmente eu mesmo me peguei ultimamente acelerando vídeos e rolando feeds sem ver exatamente o que estava em cada post e venho me atentando a mudar este costume. Te acompanho já à alguns anos e sempre vou onde você está presente, independente da mídia e da rede social, isso porque sinto muito conforto nos seus conteúdos, pois consigo realmente parar para apreciar a mensagem que você está transmitindo. Um exemplo disso é que o seu blog é o único que ainda acompanho e leio com calma <3

  7. Lá vai eu deixar um comentário gigantesco por aqui sempre que escrevo hehehe
    Mel, amei ver que você fez post novo, essa semana eu tinha vindo fazer uma visita aqui e pensei, nossa que saudades dos posts da Mel, bem que ela poderia voltar a fazer aquele posts com fotos aleatórias que você fazia no início do blog <3
    É realmente as redes sociais estão dando um cansaço mental, parece que tem hora que a gente entra no instagram só pra ficar rolando o feed e dando like, sem nem ler o que os outros escrevem (as vezes me pego fazendo isso).
    Pra mim o seu conteúdo é um cozy diary :)
    Minha trajetória na internet foi mais ou menos como a sua, só que em 2018 minha saúde mental não aguentou e acabei parando de postar e privando meu blog e parando com o youtube também, o instagram eu privei e posto de vez em quando, apesar de fazer fotos quase todos os dias, mas agora ela ficam só para mim, mas de vez em quando sinto falta de ter um lugar para colocá-las :)
    Sinto tanta saudade de blogs
    Sinto falta de suas postagens por aqui falando de livros, postagens aleatórias, mostrando detalhes do seu cantinho. Te acompanho desde o quarto laranja, suas fotos são quentinho no coração, sério, qualquer foto que você tira dá um sensação bem legal, fico feliz quando vejo elas :)
    Se você voltar a postar com mais frequência por aqui vou ficar super feliz e estarei sempre aqui comentando :)
    :*

  8. Oi Mel, fazia tempo que não escrevia um comentário na Internet. Mas resolvi compartilhar com você depois de ler seu texto. Confesso que sinto essa sensação que você mencionou, muitas vezes já exclui o Insta, já até encerrei uma vez uma conta e fiquei um ano sem entrar. Mas acredite, eu sempre venho aqui no seu blog, as vezes até releio alguns postos e sempre aguardo novos, sinto que é diferente, é mais leve e íntimo, não sei explicar. Mas é algo que gostaria que você soubesse e tentar te animar um pouco, seu conteúdo traz um aconchego que é difícil encontrar na Internet atualmente, é como se estivéssemos trocando cartas 🥰 lembro do carinho que você sempre disse que tem pelo blog e pelo menos falo por mim, mas esse carinho todo é com certeza passado para nós. Espero continuar encontrando mais postagens suas nesse cantinho tão acolhedor que é aqui. Um grande abraço com grande carinho. 🌸

  9. Olá Mel. Acho que o bom de você nunca ter mudado, e até evoluído ainda mais é continuar com as pessoas de anos te seguindo, e gostando muito de ver seu conteúdo, por talvez, compartilharmos dos mesmos pensamentos, sonhos e até “crises”. Obrigada por não abandonar seu espaço que foi onde te conheci e amo ver suas fotos inspiradoras e me fez gostar mais de livros também, apesar de não ter tanto tempo para participar tão efetivamente do grupinho, sempre te vejo nos seus cantinhos. Beijinhos e, ah! amo ver também o spockinhoo!!

  10. Olá Mel! Confesso que vivo acelerada nos meus dias, mas não consegui não ler seu post aqui, por que sabia que seria incrível, e que mesmo sendo um desabafo você escreveu com todo carinho do mundo. Você foi a primeira pessoa que comecei a seguir nessa internet, na época acho que só tinha o blog mesmo. Achei suas fotos, seu quarto azul e você incríveis e muito fofos! Desde então te sigo em todas as redes que consumo, e nunca acelerei nenhum vídeo seu, porque ouvir você falando me da um quentinho no coração! Já segui várias blogueiras e deixei de seguir, pois deixava de me identificar com elas, mas você não, te carrego sempre em todos os eletrônicos que já tive na vida. Outra coisa, foi por influência sua que hoje tenho minha doguinha Lilica (ela tem 9 anos de pura lindeza), pois achava o Spockinho lindo e fofo! Enfim Mel, você é única e faz a diferença na vida das pessoas, com seu jeito doce, agradável e seu talento para diversos assuntos. Fique bem e um grande abraço Mel! 🍁

  11. Mel, acompanho seu conteúdo a muito tempo, seu quarto era laranja e suas fotos (para mim, que sou fotógrafa ) sempre foram uma inspiração.
    Sempre amei seu conteúdo leve no blog e flirck. Sua rotina com o Spock e os registros feitos pela sua “Mainha”, sempre me trouxeram um sentimento tão bom.
    Viemos de uma geração que amava entrar na internet para conhecer “mundos novos”, aprender e se divertir. E hoje é apenas um bombardeio de (des)informação .
    Compartilho o mesmo sentimento de ter menos vontade de estar nas redes. Alguns amigos também sentem o mesmo.
    Em meio a esse caos, o teu conteúdo é um respiro desse mundo “louco” . Faça as coisas no seu tempo! Nós que te acompanhamos a muito tempo, somos gratos pelo seu tempo, amor e dedicação ao que você faz. Continue romantizando a vida! Pessoas como você, são raras hoje em dia.

  12. Oi mel… vc passou muito bem sua mensagem… é isso é algo que sinto que tbm… descobri seu insta em 2019 e vc foi a primeira pessoa que me despertou o interesse pela fotografia. A fotografia como forma de registrar boas memórias. Uma bela foto que transmite uma mensagem, que registra um momento e uma boa lembrança. Até comecei um insta pra registrar minhas memórias, sem nenhuma pretensa de gerar fonte de renda, apenas para compartilhar e para acompanhar quem faz foto como uma arte. E me desanimou quando absolutamente tudo virou conteúdo em vídeo, quando pra mim fotos contam muito mais histórias. Mas é isso, hoje são poucos que não se renderam ao algoritmo, e vc é uma delas é quem amo acompanhar e realmente me inspira a ter um olhar mais aconchegante das coisas. Queria dizer que sempre rolo sei feed até no início, vejo registros de Toronto, do natal, é isso realmente me inspira. Sem querer te pressionar, rsrs, mas fico na espera de vc compartilhar coisas e impressões sobre o natal, no insta ou no blog, pois eu me sinto num filme natalino consumindo esse seu conteúdo rsrsrrs. Não desanime, vá no seu tempo, e saiba que seu conteúdo é preciso.

  13. E chegou um dos meus momentos favoritos do dia: ligar o PC, colocar uma música calminha pra tocar, abrir seu blog e ler post novo.
    Esse ritual também é um paradoxo que eu nunca vou entender porque ao mesmo tempo que eu amo e sempre amei seu trabalho por me desacelerar, sempre tenho aquela sensação de que eu queria todo dia um post novo, um vídeo novo 🤣 Talvez seja um sinal de que meus dias precisam de mais aconchego, mais paz – seu trabalho traz muito isso pra minha rotina.
    Quando o tik tok virou hype eu optei por não ter e esses dias eu aproveitei pra excluir o twitter. Um é só conteúdo curto, o outro é em grande parte muito tóxico. Acredito que seja muito difícil não estar nessas plataformas pra quem tem a criação de conteúdo como trabalho, o que é desesperador.
    Escolher não estar presente nessas plataformas me faz muito feliz xD
    Adorei muito seu texto e suas fotos com o Spockinho! Espero que seus dias sejam cada vez mais preenchidos de paz, inspiração, dias frios e que se sinta cada vez mais confortável em postar aqui 🩷
    *Ouvindo April Sky – Ten Towers enquanto escrevo esse comentário. Essa música conheci com você e lembro de você. Ideal pra ler seu texto e ver suas fotos 🥰🧡🍁🍂

  14. Aiii ver que tinha post novo seu e ver tantas fotos me fez sentir muito feliz ♡ apesar do desabafo não ser sobre um tema feliz. Fico triste que se sente assim e me identifico muito ao mesmo tempo! Sinto tanta falta de como as coisas eram espontâneas… a gente não precisava pensar demais ou não precisava “entregar” algo, a gente só queria compartilhar momentos. E, Melzinha, você não precisa ser especialista em nada e nem se colocar numa caixinha, acho que uma das coisas tão especiais em te acompanhar é realmente essa vontade de falar de tudo, esse amor que você demonstra por tantas coisas, porque a gente se identifica e nosso coração fica quentinho. Você sabe, porque eu já falei mil vezes, mas eu sou tão grata por ter conhecido você na internet, não faz ideia da diferença que fez na minha vida e como ajudou e ajuda com a minha saúde mental. Você é incrível e a gente vai entender e acompanhar você postando ou não, dando um tempo ou não e onde quer que esteja (em qualquer rede social). As fotos estão lindas demais e me deu uma vontade de voltar a fotografar 🧡

  15. Anna Carolina Costa

    Que bom que você conseguiu desabafar por aqui, Mel! Te acompanho há anos e confesso que tava com saudade de te escutar. Sei que a internet está bem complicada atualmente, e eu também me sinto muito perdida muitas vezes. Por isso acho que pessoas como você, e conteúdos como o seu são tão importantes de continuaram existindo. É um alívio, um respiro, no meio do caos da modernidade e da vida corrida. Obrigada por continuar compartilhando um pouco do seu diário! ❤️

  16. Oi, Mel! Eu fiquei quase 3 anos sem usar o instagram por todos esses motivos que você citou. Na pandemia meu nível de ansiedade subiu como nunca antes e as redes sociais me davam muitos gatilhos. No começo foi bem difícil porque a sensação que dava era que eu ia deixar de existir pra quem me seguia, ainda mais pelo isolamento social, ali era a única janela que eu teria para me comunicar com mais gente. Mas ao mesmo tempo foi o que eu precisava para que eu conseguisse focar somente em cuidar de mim, e perceber que quem importava de verdade continuaria por perto. Comecei a me tratar da ansiedade no começo desse ano e consegui voltar a usar o instagram. Foi estranho quando voltei porque pensei que as pessoas com quem nunca mais tive contato teriam me esquecido. Parece algo um tanto egocêntrico de se dizer, mas será que as nossas percepções não acabam ficando distorcidas assim mesmo por causa das redes sociais? Uma sensação vazia de que está todo mundo te olhando mas ao mesmo tempo ninguém presta atenção de fato. Inclusive essa é a sensação que sinto mais forte hoje por lá. Sempre preferi o youtube porque eu sinto que tenho mais controle no que escolho ver no meu feed, e ao mesmo tempo amo muito conteúdos longos (vlogs principalmente). Sempre que eu vejo alguém falando que só assiste video acelerado eu tenho um mini ataque cardíaco porque de acelerada já basta a vida. Por isso me identifico muito com o seu olhar, Mel, e para mim sua presença na internet é um grande respiro. Eu defino seu conteúdo como aspiracional, porque inspira a gente de verdade. Eu amo o formato do blog também, por algum motivo ele agora se tornou algo nostálgico e confortável (que na verdade ele sempre foi). Tem muita gente que sigo até hoje por causa desse formato. O que me deixa triste é a vida corrida que levo hoje e não tenho mais aquele momento do dia em que eu abria todos os blogs que seguia para ver se tinha alguma atualização, e dependo das notificações para me lembrar de parar ou prestar atenção. Porém ao mesmo tempo me sinto estar sempre enterrada num mar de notificações sem fim. Porque a verdade é que não dá pra ver tudo, e se a gente não filtrar esse tanto de informação, perde a noção de onde é a terra firma e morre afogado. Espero que a gente consiga achar um jeito melhor de viver com tudo isso, seja como for. Obrigada pelo seu desabafo e pelas fotos lindas!

  17. Sempre gostei de acompanhar o seu conteúdo. Já tem um tempo bem longo que te acompanho, e de verdade… eu AMO o aconchego que tu consegue transmitir através da tela.
    Assisto os vídeos no YouTube e acompanho no instagram.
    Você é inspiradora, linda, criativa.

  18. Obrigada por escrever, Melina. Me sinto assim também. Sabe, as vezes sinto muita saudade de quando a internet era esse espacinho para desacelerar, para ouvir e se conectar com o outro. Fazia muito sentido para mim. Hoje me sinto tão estranha, como mudar para uma escola nova e ter que se adaptar aos novos amigos, professores e conteúdo (sempre fui bem ruim nisso, risos). Será que um dia a internet será mais acolhedora novamente? Seria muito agradável. 💛
    P.S. Suas fotos estão muito lindinhas, obrigada por compartilhá-las conosco. Gosto muito de voltar aqui, não lembro exatamente quando comecei, mas acho que foi comecinho do “a series of serendipity” quando eu tinha 11 anos (é assustador pensar como passou tantos anos, até hoje sonho em fazer um intercâmbio por causa dos seus vídeos em Londres, sabia? haha).
    Minha primeira vez escrevendo comentário, achei divertido.
    Abracinho e aproveita o tempinho nublado de Curitiba!

  19. Eu não tenho o hábito de ler blogs, foi seu primeiro post que eu li no seu blog e concordo com tudo! Eu também produzia conteúdo no Instagram e era bem desgastante ter que agradar o algoritmo, agradar o público, agradar a mim, mt coisa pra lidar, quando no inicio era só um hobby. Enfim, vou tá te acompanhando mais por aqui, adorei as fotos com o spockinho :)

  20. Me identifiquei com seu texto, e ainda bem mesmo que não podemos acelerar o tempo. Criei um novo instagram recentemente porque queria um espaço para falar sobre literatura (e cultura/língua) italiana e o tempo que tenho passado a mais na rede tem feito diferença em como me sinto no dia a dia, mesmo fazendo posts espaçados. Parar para ler seu texto aqui, admirar as fotos com calma, tirar um tempo para escrever uma resposta mais longa está sendo um bálsamo, então ficarei feliz com mais criações no blog 😌 E agora minha vontade de criar um blog ou site para tratar do tema que tenho focado no novo perfil ficou ainda mais forte, você me motivou a dar mais atenção pra ela hehe

  21. Oi Mel! Acompanho você desde a época do blog e de um site que você postava seus looks (lookbook?). Adoro ler suas postagens aqui e lembro que às vezes voltava para ler postagens antigas ou até ver vídeos mais antigos seus, como da sua viagem ao Japão. Eu adoraria ver mais postagens suas aqui, como você disse, é um espaço sem anúncios (ou reels chatos) que não poluem o conteúdo. Quando terminados de ler, podemos voltar a tela para apreciar mais as fotografias ou uma parte do texto, como se fosse um livro. No instagram isso realmente se perde, os momentos de apreciação são mínimos e logo depois vem uma sugestão de publicação que não tem nada a ver com o que você acabou de “consumir”. Espero que você continue aqui e compartilhando conosco seus conteúdos “quentinho no coração”. ❤️

  22. Oi Mel, acompanho você desde a época do flickr, e assim como você fui tentando me adaptar as mudanças na internet e redes, confesso que infelizmente hoje em dia acompanho pouco, tanto você quanto outros criadores de conteúdo, e não é nenhum problema com você, e sim comigo e a forma nada saudável que eu estava levando com as redes sociais. Hoje em dia reduzi o acesso para o bem da minha saúde mental, o que acabo usando mais incrivelmente é o YouTube, pois sinto que consigo filtrar melhor o que me faz bem, só assisto vídeos de quem já acompanho e que sinto que são pessoas que não se deixaram levar para o lado ruim da internet, e você está inclusa nisso. Mesmo não sendo assidua, o seu conteúdo me faz bem, me traz paz, um conforto em tempos tão sombrios, então principalmente quando não estou bem eu sei que os seus vídeos não vão me fazer mal. Se você sentir que precisa tirar uma pausa, respeite o seu momento e obrigada por todos esses anos me fazendo companhia ♥️

  23. Mel, não só me senti acolhida pelo que você escrever como também deu vontade de lhe confortar também! <3
    Sinto exatamente o mesmo, às vezes parece que perdi algo nessa transformação de como o conteúdo é apresentado pela internet, porque acho muitas das funcionalidades estranhas e um bocado estressantes. Identifico-me muito com a maneira como você cria conteúdo, provavelmente porque amava como a blogosfera dos anos 2000, em que as pessoas criavam conteúdo para se conectar e não para se "destacar".
    Quero dizer que, se for usar mais o blog, conte com a minha presença por aqui <333
    Essa é a forma que eu mais amo consumir conteúdo no geral, mas ao mesmo tempo, saiba que adoro os conteúdos que posta das outras redes. Mesmo que sejam formatos diferentes, a essência é a mesma, parabéns pelo seu trabalho e obrigada por me trazer leveza e momentos bons (acredito que mais gente se sinta assim).
    Bom final de semana!

  24. Você é maravilhosa Mel! Sinta-se abraçada 🤍
    Você é com certeza uma das pessoas que fazem o mundo on-line continuar valendo a pena! Saiba que sempre vamos estar aqui com você! Entendo exatamente o que você disse e realmente é uma confusão que desmonta nossa saúde mental… mas saiba que você faz a diferença exatamente por ser quem você verdadeiramente é sem tentar se encaixar nesse “novo padrão” acelerado e sem verdade que as redes sociais estão tentando nos forçar a seguir.

  25. É exatamente por isso que me identifico tanto com você!
    Ainda preciso ver uns vídeos no x2 por conta de algumas demandas, mas os seus SEMPRE vejo na velocidade normal, é uma forma de apreciação do próprio tempo.. amo muito a sua forma de se expressar e é como se se eu fosse “influenciadora” teria exatamente esses pensamentos, exatamente essa dificuldades com tantos algoritmos. Amo que aqui não é poluído e consigo ver exatamente o que quero, obrigada por isso ! <3

  26. Aquele sentimento que quando vemos que outras pessoas também têm nos faz sentir abraçadas pela identificação em meio ao cansaço. A internet me traz uma angústia que não queria sentir. Tenho planejado começar um empreendimento com arte, mas quando todo mundo diz sobre a constância e aparecer e postar o tempo todo, eu fico tão travada e desanimada antes mesmo de começar.
    Buscando alinhar propósito com paz e sucesso, eis a luta.
    Amo teu conteúdo, Mel, e sinto tanta verdade vinda de você, tanta honestidade. Que você encontre o equilíbrio que teu coração necessita (todos nós possamos, afinal).
    Beijos <3

  27. Olá Mel, eu tenho vindo a sentir cada vez mais isso, sem vontade de partilhar ou consumir conteúdo nas redes sociais. Eu te acompanhava no YouTube e no blog há uns anos, mas a vida foi acontecendo e fui perdendo os teus conteúdos, infelizmente. Recentemente, tive a vontade de criar um blog para poder criar conteúdo de uma forma mais simples, com menos pressa, com muito mais calma. Quando pensei em algum blog que gostava e que me pudesse inspirar, o teu blog foi o primeiro que me veio à mente e fiquei tão feliz quando pesquisei e ainda o encontrei no ar. Foi um aconchego tão bom e ler este post foi tão bom, sentir que também estás a sentir o mesmo que eu.
    Cansada de uma vida frenética que as redes sociais instigam em todos os âmbitos da nossa vivência.
    Obrigada por ainda estares por cá. Espero que aqui encontres o teu lugar e a tua segurança. Desejo-te tudo de bom e estarei por cá para te acompanhar 🤎

  28. Oi, Mel!
    Te acompanhava a muitos anos na época do a series of serendipity, que depois virou serendipity ehehehe.
    E estava com um sentimento muito parecido com o seu em relação à redes sociais e conteúdos. Além de me deixarem ansiosa, eu sinto que tomam muito meu tempo sem oferecer o “entretenimento” que estava procurando. São infinitos conteúdos e percebi que passo as vezes horas ‘zapeando’ em busca de algo que vá ser realmente agradável de consumir. Me peguei com saudade dos tempos “mais simples’ dos blogs e como quanto maior era um post, mais feliz eu ficava. E como eu sempre dedicava um tempinho para comentar e não apenas deixa um like antes de seguir em frente e entrar de cabeça num outro assunto totalmente diferente me fazendo já esquecer aquilo que acabei de ver!
    Lembrei de você e joguei no google e para minha surpresa voce esta aqui blogando! :D Além de estar sentindo as mesmas angustias.
    Fico me perguntando: será que essa é uma nova tendência, principalmente pra nós, millenials? Essa busca pelo conforto que sentíamos com esse tipo de conteúdo de certa forma mais calmo, mais elaborado? De imergir completamente em algo? Eu ficaria muito feliz se nessa onda de “comebacks”, houvesse o comeback dos blogs! Provavelmente até tentaria escrever eu mesma, como uma forma de esvaziar.
    Enfim, muito feliz te reencontrar!
    Beijo

  29. Eu entendo bem da onde vem esses sentimentos Mel e imagino o quanto eles devem te incomodar, mas posso dizer, o motivo que me fez conhecer seu conteúdo faz muitos anos, é o mesmo motivo que me mantém aqui e me faz te ter como referencia: você vive seu conteúdo! Alguns anos atrás eu tava perdido no meu conteúdo (eu ainda não me encontrei, mas esse não é o ponto…rs) e conversando com um amigo falei que tava pensando em produzir um conteúdo calmo, “lento”, confortavel e até mesmo “Outonal”, sabe? E na hora ele falou: “Você conhece a Mel?” e pronto, seu canal e o blog se tornaram minha casa na internet e até hoje eu sinto que seu conteúdo continua esse isso, um convite para que a gente desacelere e passe um tempo com você, um tempo gostoso, um tempo aconchegante, com uma roupa confortavel, um chazinho na mão e falando sobre a vida e isso é mágico, principalmente hoje em dia. Então saiba que seu desabafo foi super compreensível e que seu conteúdo continua super relevante e hoje em dia ele é importantíssimo, um oásis no meio dessa confusão de vozes fazendo a gente acelerar! E eu só posso te agradecer muito por isso!
    PS: O Spockinho de suéter é a coisa mais fofa! Eu não tava preparado para isso!

  30. Obrigada por esse texto e por não desistir de postar no blog, por manter sua essência acima de tudo. Eu sou psicóloga e atendo muitas meninas que estão viciadas nas redes sociais, emocionalmente destruídas por conta da comparação, com depressão e até com vontade de desistir da própria vida. Eu não tinha rede social, mas perdi pacientes por não ter um perfil na rede pois eles não tinham confiança em mim por eu não existir na internet, então me rendi e fiz um perfil no Instagram, mas não basta ter um perfil, tem que ter seguidores, engajamento.. é cansativo e isso me deixa exausta, eu não quero colaborar com isso, eu odeio tudo isso, e não faz sentido eu falar sobre saúde mental em uma rede que detona a saúde mental das pessoais, isso me deixa muito angustiada e triste 😞

    Eu te acompanho desde 2013! Você sempre assim com seu jeitinho, tanta gente deletou blog e você permanece com esse cantinho, ainda que não poste com tanta frequência, até pq Mel vc sabe que qualidade é melhor que quantidade. Obrigada por ser você! Um abraço e eu amei muito esse seu texto, seu desabafo tem gerado muitas reflexões dentro de mim 🥰

  31. Eu também tenho me sentid0 assim nos últimos tempos… Sempre amei meu blog e poder compartilhar minha vida, mas de um tempo pra cá me senti completamente desmotivada e também exposta demais até no blog que sempre amei.
    Eu amo assistir vídeos no youtube e fico chocada quando as pessoas falam que não assistem mais porque ‘são longos’ ou então aceleram como você comentou… A vida no geral já passa tão rápido e querer acelerar ainda mais em causa um grande desconforto.
    Enfim… eu amei demais suas fotos e achei ótimo poder ler esse texto! ♥
    Inclusive eu só te acompanho aqui no blog, e não te tenho em outras redes hehe…
    https://www.heyimwiththeband.com.br/

  32. Oi Mel,
    Que loucura, estou há alguns dias com um post nos meus rascunhos que tem questões muito parecidas com as que você trouxe aqui. Tem sido difícil me adaptar a essa “nova” realidade das redes sociais, também ando muito sem vontade de compartilhar e de consumir nessas redes. Gosto muito mais da calmaria que os blogs proporcionam, até por isso voltei a blogar recentemente, e acompanhar blogs também. Fiquei muito feliz de ver post seu por aqui. ♥
    http://meumuseuparticular.blogspot.com.br/

  33. oi mel!!! mais uma madrugada de insonia por aqui e como sempre, vou maratonar seus vídeos no yt e lembrei que vi no twitter que tinha feito um novo post e decidi dar uma olhada, e ainda bem que eu lembrei. eu tenho passado por um momento de reflexão sobre o que eu deveria estar consumindo ou o que eu deveria estar me preocupando, passei esse ano acelerando as coisas, não só nas redes sociais e sinto que me perdi um pouco no meio do caminho… e sinto que preciso me achar de novo.
    você colocou em palavras algo que vinha me incomodando a muito tempo e eu não conseguia entender, a vida anda passando nos nossos olhos e nos nem ao menos conseguimos escolher pra onde olhar, o que sentir seja assistindo, lendo, pensando, parece que fazemos isso tão rápido que não conseguimos mais absover nada realmente intenso, nos concentrar, sentir coisas que se tornam uma extensão de nós mesmo e não algo que nos deixa mais vazios .. é como eu me sinto consumindo coisas que duram mais do que 10 minutos e senti que tinha algo errado, e pretendo continuar a mudar as coisas no meu ritmo para poder sentir de novo algo que me preencha. obrigada pelo post, me ajudou a perceber que as coisas podem desacelerar se a gente quiser e escolher assim, eu amo seu blog e sempre volto aqui quando quero um abraço quentinho, obrigada ♡

  34. Mel!! Que fotos mais comfy e essas últimas do Spock ficaram tão perfeitas que ele até parece de pelúcia rs

    E eu sinto o mesmo que você. E realmente é complicado até pra expressar ao certo. Mas acredito que estamos numa transição e que só o tempo vai dizer como vai ser o futuro da criação de conteúdo. Até lá a gente fica meio que vagando por esse mundo digital. Eu ando sofrendo bastante em encontrar um formato que eu goste de criar. Mas também acho que a gente (ou pelo menos, eu) bota muita pressão em ser algo que faça sucesso. O difícil é encontrar um meio termo…

    De qualquer forma eu fico feliz de te ver por aqui!
    Bom Halloween pra você ♥

  35. Não tem como ler o seu post e não se identificar, Mel. Acho que principalmente nos últimos anos a vida dentro da internet tem acelerado de forma completamente insustentável, e não consigo nem imaginar a pressão que criadores de conteúdo sentem hoje em dia (eu, por exemplo, só posto minhas ilustrações online como forma de mostrar meu trabalho, e mesmo só isso já é extremamente cansativo às vezes!). A pessoa precisaria se desdobrar em milhares para dar conta das exigências absurdas das redes sociais e algoritmos atuais.
    Acho que blogs e outras formas de compartilhar coisas online são uma forma incrível de nadar contra essa maré (ou seria uma enxurrada?) de conteúdo veloz, e fico feliz que você continue se encontrando por aqui. Seus posts são sempre uma delícia de ler, e as fotos são sempre lindas e inspiradoras. Acho que hoje em dia colocamos muita pressão em nós mesmas para criar coisas que sejam relevantes, que agreguem valor ou coisa do tipo. Onde foi parar a pura e simples alegria de apenas criar e compartilhar suas criações com outras pessoas? Talvez blogs sejam uma das últimas formas de expressão online em que essa alegria genuína ainda consiga ser demonstrada sem ser vítima de algoritmos, ou pelo menos eu espero que seja assim. De qualquer forma, continuamos resistindo e encontrando esperança e realização nas coisas mais lentas e simples. Longa vida ao sossego na vida online e off-line! ♥

  36. Oi Mel ! também me sinto assim com esse excesso de consumo desnorteado conteúdo digital que muitas vezes é tão frágil que se perde no nada né rsss. Amo sua sinceridade e suas fotos são ARTE e dão muito conforto na alma!
    Nunca deixe de postar aqui mesmo q demore!
    Ver o Spockinho melhorou meu dia ; )

  37. Oi, Mel! Te acompanho desde que estava no ensino fundamental e agora já estou me encaminhando para o mestrado. Acompanhei diversas fases não só do teu blog, mas da blogosfera num geral e vivi essa experiência antes das redes sociais virarem um espaço de trabalho. Em primeiro lugar, aprecio a honestidade e vulnerabilidade que tu colocou nesse post e compartilhou com os teus leitores. E também acho super compreensível a angústia de se criar conteúdo em um ambiente hostil no qual as próprias plataformas e seus algoritmos sabotam os criadores que não potencializam os interesses exclusivos das redes. Monetizar e capitalizar hobbies, interesses e atividades que gostamos sempre nos custa algo. Ainda assim, a ode que tu faz nos teus canais (todos eles, da forma que cada plataforma te permite se expressar) às coisas que tu ama é inspiradora e um respiro no meio de tanto incentivo ao consumo desenfreado e de conteúdos acelerados. Sugiro que busque mais sobre “slow content” e consiga se tranquilizar mais em relação a não precisar se encaixar em um nicho específico de criação de conteúdo. Isso é o que as redes pedem, sim, mas poucas coisas são tão limitantes quanto criadores que se colocam em uma caixa apenas para manter um público. Fico feliz que você não se defina como uma coisa só. Nós não somos uma coisa só ou gostamos de coisas limitadas. Continue fazendo o que te deixa confortável e que faça sentido pra ti!

  38. Wow. Disse tudo, percebi que fui abandonando conteúdos que me faziam sentir certa estafa mental porque toda semana estavam lá com updates que muitas vezes nem me inspiravam, apenas seguiam o hype e agora sigo apenas quem posta quando está inspirada e você é uma delas, por sinal, acabei de perceber que te acompanho há mais de uma década, que mágico. Seu desabafo é o de muitos mas acredito que muitos ainda não perceberam isso. Obrigada por mais um conteúdo maravilhoso. <3

  39. Oi Mel! Passei hoje em Curitiba e lembrei de você. Te acompanhei muito no Series of Serendipity ainda na escola. Hoje estou terminando a faculdade. Como o tempo passa! Fico feliz de ver fotos suas e do Spock, que você ainda continue com seu blog. Eu também tinha um blog pessoal na época, bons tempos. Tenho saudades de acompanhar os blogs, ler os diários de pessoas não conhecidas mas que através das palavras nos fazem nos sentir amigas. Reflito sobre essa questão de consumir contéudos muito rapidamente há algum tempo já. Vejo amigos ficando cada vez mais low profile (eu inclusa) por estar de saco cheio das redes. Acho que focar na gente e nas pessoas com quem a gente se importa é a solução, parar de seguiur contéudo irrelevante.
    Se cuida, Mel!
    ;*

  40. Mel, que post lindo e reflexivo!
    Também tenho me sentindo desconectada desse novo formato de conteúdos que têm sido produzidos na internet. Acho que acabamos nos perdendo de nós mesmos tentando nos aproximar cada vez mais dos outros. Relutei muito para entrar nas redes sociais, mas acabei sendo engolida por elas. Finalmente, decidi excluir meu Instagram e Facebook e vou voltar meu tempo, foco e atenção aos meus livros. Nunca me adaptei ao funcionamento das redes sociais e estou tentando me reconectar com o que realmente importa. Ler seu post me motivou a criar um novo blog para escrever minhas experiências de leitura, algo que fazia antes e amava. Sempre gostei de ler, mas acabei me afastando dos livros pela correria da vida e agora quero incluir a leitura e a escrita novamente na minha vida.
    Adoro seu conteúdo e espero continuar a te acompanhar por aqui! Bjos

  41. Mel, eu te conheci há muitos anos por um vídeo seu falando sobre as capas de livro mais bonitas, seu quarto ainda era branco de tijolinhos.
    Bem, assim como você descreveu, eu também prefiro consumir blogs. Deletei meu instagram porque apesar de seguir apenas conteúdos que fossem me fazer bem (como o seu) o algoritmo sempre me empurrava coisas tristes e que me faziam mal.
    É realmente como você falou, não há mais segurança ou alegria em estar nas redes sociais mais famosas.

  42. Oi mel, quanto tempo (anos) que não venho aqui nesse cantinho maravilhoso e aconchegante. Vir aqui é como uma volta ao tempo. Como passa rápido. Eu conheci seu blog na época do ensino médio lá pra 2012 e agora estou aqui em 2024, com crise dos 30, também cansada dessas redes sociais e do peso da vida adulta. Voltar aqui, nesse cantinho, é como você falou: é um ambiente seguro em que nos sentimos bem. O seu relato é o mesmo que vivo e que tenho ouvido de muita gente também. Sinto falta de quando a internet era mais limitada, quando entravámos só aos finais de semana. Acho que o que estragou muito, além disso, também é que tudo virou dinheiro, marketing… era tão bom quando faziamos as coisas na internet porque gostavamos, era um hobbie. Era um momento de lazer e que hoje virou trabalho. O lado bom é que permitiu mudar a vida de muitas pessoas, mas a partir do momento que algo vira trabalho e não lazer, é cansativo. Então antes que era um lugar de se desligar da vida real, não dá mais. Pois o que antes dava prazer, agora nos sufoca. Agora queremos férias de redes sociais, internet. Já tem um tempo que exclui minhas redes sociais. E sempre tento achar meu lugar ao sol aqui nessa internet, mas ao mesmo tempo me desânimo tanto. Fico com tanto medo desse ambiente hostil que é a internet, que não me sinto segura de forma nenhuma. Será que é a idade? Estamos ficando velhos ou o problema é da internet mesmo? Rsrs Também tenho pensado muito nisso ultimamente. Fico feliz que não tenha parado de escrever aqui, e sabendi disso, passsarei aqui mais vezes. Será meu cantinho de refúgio novamente. Escrevi quase um post, mas é um desabafo também, risos.

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